segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ARTIGO DA SEMANA O que fazer com seus colaboradores?



ARTIGO DA SEMANA

O que fazer com seus colaboradores?

Por Prof. Paulo Sérgio Buhrer
Veja essa matriz abaixo.
1º QUADRANTE: MOTIVADO
2º QUADRANTE: INCOMPETENTE
3º QUADRANTE: DESMOTIVADO
4º QUADRANTE: COMPETENTE
Essa matriz é uma ótima referência para você ter embasamento na hora de contratar, promover ou dispensar um colaborador.
1) Se a pessoa está no 1º e no 2º Q, o que devo fazer? Note que é uma pessoa motivada, mas, que está incompetente. Há uma série de motivos para alguém ser considerado incompetente, mas, o que mais me preocupa não são os incompetentes, mas, sim, líderes que colocam pessoas competentes em lugares errados, ou seja, a pessoa não é incompetente, ela está incompetente na função que a colocaram equivocadamente, e não deram treinamento. As empresas têm perdido muitos talentos por os colocarem em funções para as quais eles não são bons. Tem gente que é fera em informática, entretanto, mal consegue se comunicar, mas, como é muito bom em informática, o líder o coloca para ser vendedor de peças e serviços de informática, matando a competência do colaborador.
O que precisa ser feito para que uma pessoa motivada, todavia, incompetente dê certo? Dar a ela treinamento, mas não de palestras motivacionais, e sim, treinamento naquilo que lhe falta, sejam habilidades de comunicação, conhecimento do produto, da função.

2) Se a pessoa está no 1º e no 4º Q? Ótimo, esse é o tipo de colaborador dos sonhos: motivado e competente. Mas, normalmente essas pessoas precisam de desafios novos e maiores oportunidades. Raramente quem é motivado e competente aguenta uma rotina na qual não consegue ver crescimento contínuo. E nessas pessoas vale muito à pena investir. Não é ruim elas virarem estrelas, afinal, são ótimas no que fazem. O importante é a liderança deixar claro que não adianta apenas elas brilharem enquanto todos os demais se apagam. Uma estrela solitária não ilumina todo o céu empresarial. Porém, quase sempre pessoas motivadas e competentes reconhecem que o gol só saiu porque haviam bons zagueiros e laterais no jogo!
3) 3º e 4º Q: desmotivados, mas competentes também existem muitos. Às vezes as pessoas aceitam qualquer trabalho e não conseguem ver nele expectativas de realizarem seus sonhos, ou, sequer de manter sua dignidade. Mas, como competência tem sido algo raro, vale à pena a liderança pensar em formas de recompensar o colaborador. Mesmo que a empresa não possa pagar a ele o quanto merece, dar alguns bônus é importante, reconhecer seu empenho também, afinal, pode ser que a desmotivação não tenha a ver com dinheiro, mas, meramente com falta de elogios, tapinha nas costas, um aperto de mão, um “muito obrigado”.
4) 2º e 3º Q: por mais ser humano que eu seja, e adore ajudar as pessoas, é complicado ajudar quem é incompetente e desmotivado, sobretudo, no meio empresarial. Como Coach, eu faria de tudo para ajudar essa pessoa a se ajudar, mas, como empresário, a enviaria ao departamento de recursos humanos para demissão, afinal, nunca são os outros os responsáveis pelos nossos fracassos. Quem vive desmotivado e é incompetente fez sua opção, e, talvez a melhor forma de ajudá-la seja a demitindo.
E você, o que faria em cada um dos casos?

Abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre!

OPINIÃO DO LEITOR

Janete Formigari Petris via Facebook: adoro ler a Revista VendaMais. Com ela aprendo muito a lidar com meus clientes!!!

PARA PENSAR

“Quanto mais um homem se aproxima de suas metas, tanto mais crescem as dificuldades.”
Goethe

Avesso da fal@: Por isso que amo o desapego...

Avesso da fal@: Por isso que amo o desapego...: Vi este texto no Facebook e achei muito verdadeiro. É o que pratico. É o que defendo: viva o desapego e ame ser quem você é.

SÓ O AMOR NÃO BASTA- CESAR ROMÃO- ENTREVISTA

Entrevistas

Confira a entrevista com Cesar Romão.

Por Raúl Candeloro
10/2012
Confira a entrevista com Cesar Romão.
Sobre o que trata exatamente seu livro Só o Amor Não Basta? Qual a grande mensagem?
Ao final de minhas palestras, um dos assuntos que as pessoas mais comentam é sobre relacionamentos. Percebi que muitas pessoas que se amam, estavam se separando e que o amor não era o suficiente para mantê-los juntos. Iniciei uma pesquisa sobre o assunto e o fruto dela é o livro. Nele os leitores vão encontrar competências que precisam ser desenvolvidas para a busca da felicidade num relacionamento; as diferenças que devem ser consideradas entre homens e mulheres e uma série especial de atitudes nutritivas na busca da felicidade amorosa.
Como você começou como palestrante?
Minha carreira teve início com o lançamento de meu livro A Semente de Deus, com o sucesso da obra, atualmente em 32 países, inclusive na Rússia, as empresas começaram a fazer os convites para palestras, minha porta foi aberta por um livro.
Que tipo de empresa geralmente contrata seu serviços? O que buscam?
São empresas que atuam em praticamente todos os mercados, elas buscam informações privilegiadas sobre gestão, motivação, liderança, fatores existenciais e vendas. Toda minha experiência acadêmica e profissional é voltada para estes temas.
Por outro lado, que tipo de evento/treinamento não é adequado para você? Ou seja, que tipo de problemas/situações/treinamentos você geralmente prefere não aceitar ou indicar algum colega?
Procuro aceitar convites que estejam dentro dos padrões de minha formação acadêmica, minha tendência profissional e pesquisas, pelo fato de poderem ter respaldo ético. Afinal, ninguém leva o seu filho a um médico que não tem diploma para uma operação delicada. Em relação a indicar outros profissionais, faço isto normalmente no escritório em razão do limite de minha agenda. Realizo um determinado número de eventos mensalmente, posterior a isto tenho uma lista de ótimos profissionais que tenho como opção de sugestão aos clientes.
Qual é o seu diferencial em relação a outros palestrantes? Qual a sua ‘marca registrada’?
Bem... Talvez seja o fato de também ser escritor e ter meus livros em 32 países.

Referências

Além do seu próprio site (www.cesarromao.com.br), que outros sites na nossa área você recomendaria?
Gosto muito do portal da HSM e VENDAMAIS.
Quais são seus livros de negócios ou autores preferidos?
O maior milagre do mundo é o livro que mais marcou minha vida. Meu autor preferido é Og Mandino. Sempre recomendo os livros dos autores: Reinaldo Polito; Carlos Alberto Julio; Içami Tiba; Cesar Souza; Marco Aurélio Vianna; Eugênio Mussak; Luiz Almeida Marins; Clóvis Tavares; Dulce Magalhães; Max Gehringer... Não que eles precisem de minha recomendação, são consagrados escritores, mas gosto muito destes autores.

Sobre as palestras

Qual sua palestra mais memorável, a que mais lhe marcou?
Acredito que tenha sido uma que fiz há pouco tempo para 5.800 pessoas com o tema FAMÍLIA. Foi emocionante.
Qual a situação mais desastrosa ou engraçada que já ocorreu numa das suas palestras/eventos?
Foram muitas... Já tive um dos meus ternos D’Carlos rasgado, segundos antes da palestra, no próprio palco, num enrosco no material que compunha os equipamentos. Brinquei com a situação, e disse que ali eu lançaria o palestrante mendigo, afinal eu ainda não tinha visto nenhum nos palcos. Falei rasgado mesmo.
Qual é o maior erro que você nota nas convenções/treinamentos das empresas?
As empresas pensarem que treinamento é festa com “pirotecnia”, piadas e comida. Treinamento é um momento para expandir conhecimentos e competências na busca de resultados profissionais e pessoais.
Porque você acha que tantas reuniões e treinamentos são chatos ou improdutivos? O que poderia ser feito para melhorar isso?
Falta capacidade aos expositores para tratarem do assunto com leveza, sutileza e conhecimento de causa. Somente assim podemos envolver os participantes de maneira produtiva e promissora.
Conselho: que grande conselho ou dica você daria para alguém que quer melhorar seus resultados no trabalho e/ou na vida?
Mantenha sua ética; nunca pare de desenvolver competências; confie na sua crença e seja hoje melhor que ontem.
Algum último recado que queira dar aos nossos leitores?
Sim, é um prazer estar aqui. Espero tê-los sempre por perto. Se quiser receber todos os dias uma mensagem sobre os temas que abordo, basta assinarem meu Facebook. Site:www.cesarromao.com.br, Facebook: www.facebook.com/romaocesar, e-mail: cesarromao@cesarromao.com.br

Cesar RomãoFormado em Direito e jornalismo, pós-graduado em Administração e com MBA em Marketing. Cesar Romão possui cursos de extensão pela Universidade da Califórnia e pela Universidade de Richmond – EUA. É mestre em Psicologia Organizacional, DoutorHonoris Causa de Iberoamérica, DHC. Foi eleito pelos principais veículos de comunicação do país como um dos escritores mais lidos do Brasil.

Autor(a):

Prejuízos que a raiva traz para o trabalho


ARTIGO DA SEMANA

Prejuízos que a raiva traz para o trabalho

Muitas vezes, a raiva nos faz agir de forma impensada, nos levando a desfechos negativos. Num momento de raiva, pessoas podem falar o que não devem, tomar decisões precipitadas (pedir demissão por exemplo), e se tornar agressivas, gerando prejuízos a si próprias, para os envolvidos e para a própria empresa.
Há pouco tempo, tivemos um grande exemplo do tamanho do prejuízo que uma pessoa raivosa pode causar à imagem e à saúde financeira da empresa em que trabalha. Uma atendente, irritada com a cliente, troca o nome da cliente no cadastro, substituindo por “vadia”. O caso teve repercussão nacional e pode custar uma indenização milionária à empresa.
No âmbito pessoal, a raiva pode trazer prejuízo à autoimagem, aos relacionamentos, aos processos de tomada de decisão, além de problemas financeiros, físicos (fraturas, hematomas etc.), e de saúde, como pressão alta, problemas cardíacos, entre outros.
A raiva, uma das emoções mais difíceis de controlar, traz uma sensação ilusória de poder e invulnerabilidade. Todas as emoções geram energia que nos põe em movimento e pode trazer resultados tanto positivos como negativos. A inteligência emocional coloca que, quando mal canalizada, a raiva potencializa a violência e gera destruição. Ao passo que a mesma energia, quando bem canalizada, potencializa a força e gera grandes realizações.
Para controlá-la é preciso conhecer seu mecanismo, pois a raiva possui um disparador universal, que é a sensação de perigo, que pode advir de um ataque físico (empurrão, tapa, cotovelada etc.), ou de uma ameaça simbólica à autoestima ou dignidade. Ao sentir o ataque, o cérebro libera uma substância que dá um rápido surto de energia, podendo durar dias, mantendo-o em prontidão, e um efeito cumulativo caso a pessoa sofra algum outro episódio de raiva.
Sendo assim, raiva alimenta raiva, até que a pessoa “explode” por algo nem tão importante, mas é a “gota d `água”. Um nível muito alto de raiva gera a situação em que a pessoa não consegue raciocinar.
Dar vazão à raiva não é a melhor forma de lidar com ela, e sim interceder racionalmente antes que ela se acumule. Então, aqui vão algumas dicas para que você elimine a raiva antes que ela acabe com você!
  1. Perceba a raiva - o mais importante é perceber que está ficando com raiva. Preste atenção se o “gatilho” foi acionado e vá para o segundo passo.
  2. Afaste-se do causador da raiva – se a discussão foi com um colega de trabalho, chefia ou subalterno, saia do ambiente por alguns momentos.
  3. Procure distrair a atenção. Remoer a raiva só a faz aumentar ainda mais, porque vamos encontrando mais justificativas para manter a raiva viva. Por isso, uma boa artimanha é distrair a atenção, pensando em outra coisa. Você pode caminhar, fazer algum exercício físico, ou relaxamento mental, exercício de respiração, também vale ler um livro, entre outros. Tente fazer coisas que prendam sua atenção para outro foco.
  4. Procure enxergar as situações por outro ângulo: por exemplo, se estiver no trânsito pense “nem toda fechada é proposital”. No trabalho pense “nem toda crítica tem o objetivo de ferir o seu ego”. No casamento pense “ele(a) fez algo negativo, mas ele(a) também já me fez coisas positivas”. Ou então, pense no prejuízo que a raiva lhe trará caso você dê vazão a ela. O freio da raiva deve ser racional.
Esse quarto passo é fundamental para o controle da raiva e para a canalização desta energia para algo positivo, trazendo para você mesmo grandes realizações e uma qualidade de vida muito melhor!
Meiry Kamia é palestrante, psicóloga, mestre em Administração de Empresas, consultora organizacional. Diretora da Meiry Kamia  – Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas (www.meirykamia.com).

PARA PENSAR

“Todas as falhas humanas provêm da impaciência.”
Franz Kafka

Introdução a psicologia as emoções


Introdução à Psicologia

As Emoções

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Resumo: O presente artigo incidiu sobre o estudo das Emoções, descrevendo de forma breve, os principais tópicos sobre o tema. A elaboração desse trabalho tem como objetivo, uma breve abordagem sobre algumas teorias das Emoções, a descrição de algumas definições e classificações das emoções, bem como alguma de suas funções. 
Palavras-Chave: Emoções, Definições, Classificação, Teorias das emoções.

Introdução

As emoções tem sido um tema de muitas pesquisas ao longo dos últimos anos, e o seu estudo vem se tornando importante devido à necessidade cada vez maior de compreender e controlar as atuais patologias associadas ao aspecto emocional. Por ser um tema presente e marcante na vida humana, esse assunto sofreu um grande avanço nos últimos anos e seu estudo constitui um domínio particularmente interessante nas áreas Sociais e Humanas. A psicologia diz que o ser humano traz ao nascer algumas emoções básicas como o medo, a tristeza, a raiva e a alegria. Todas elas têm uma função importante em nossas vidas, principalmente no que diz respeito à sobrevivência da espécie. O estudo das emoções tem sido um assunto apaixonante e envolvente, apresenta diversas reflexões, que apontam a emoção numa interação relacional humana, ou seja, das emoções como processo adaptativo da pessoa ao ambiente, bem como um processo adaptativo do homem aos contextos dinâmicos sociais. As emoções foram ignoradas por muito tempo até mesmo por filósofos e pesquisadores das ciências em detrimento da razão ou do pensamento lógico. Elas eram consideradas processos menos importantes, primitivos e até mesmo indicadores patológicos.

Objetivo

O presente artigo tem por objetivo uma breve revisão sobre o estudo das Emoções, os tópicos que considero essenciais para uma abordagem introdutória, a fim de fornecer contributos para um referencial teórico, localizando reflexões sobre as temáticas das emoções, bem como uma revisão de conceitos das mesmas e uma sucinta análise das principais teorias da Emoção.

1 Definições De Emoção

Como pode ser entendida a emoção?
Pinto defende:
A emoção é uma experiência subjetiva que envolve a pessoa toda, a mente e o corpo. É uma reação complexa desencadeada por um estímulo ou pensamento e envolve reações orgânicas e sensações pessoais. É uma resposta que envolve diferentes componentes, nomeadamente uma reação observável, uma excitação fisiológica, uma interpretação cognitiva e uma experiência subjetiva (2001).
Por seu lado, Goleman disse:
Quanto a mim, interpreto emoção como referindo-se a um sentimento e aos raciocínios aí derivados, estados psicológicos e biológicos, e o leque de propensões para a ação. Há centenas de emoções, incluindo respectivas combinações, variações, mutações e tonalidades (1997).
Uma definição de emoção, numa simplificação do processo neurobiológico, conforme Damásio diz que consiste numa variação psíquica e física, desencadeada por um estímulo, subjetivamente experimentada e automática e que coloca num estado de resposta ao estímulo, ou seja, as emoções são um meio natural de avaliar o ambiente que nos rodeia e de reagir de forma adaptativa (2000).

1.1 - Emoções e Sentimentos

Verifica-se que muitas vezes, uma confusão conceitual entre sentimentos e emoções, pois são dois processos que se relacionam, no entanto são diferentes entre si, e são usados de certa forma como se fosse o mesmo conceito.
Segundo Damásio, o que distingue essencialmente sentimento de emoção é: enquanto a primeira é orientada para o interior, o segundo é eminentemente exterior; ou seja, o indivíduo experimenta a emoção, da qual surge um “efeito” interno, o sentimento. Os sentimentos são gerados por emoções e sentir emoções significa ter sentimentos. Na relação emoção / sentimento, Damásio diz ainda que apesar de alguns sentimentos estarem relacionados com as emoções, existem muitas que não estão, ou seja, todas as emoções originam sentimentos, se estivermos atentos, mas nem todos os sentimentos provêm de emoções (2000).

2 Classificação Das Emoções

Na classificação das emoções, Antonio Damásio as divide em primárias e secundárias. As primárias são inatas, evolutivas e partilhadas por todos, enquanto as secundárias são sociais e resultam da aprendizagem.

2.1 Emoções Primárias: o medo, a raiva, a tristeza e a alegria.

Para Ballone as emoções primárias são inatas e estão ligadas à vida instintiva, à sobrevivência. Haverá concomitante contração generalizada dos músculos flexores, sendo possível adotar-se uma atitude regressiva fetal, vasoconstricção periférica, palidez da face e esfriamento das extremidades, com brevíssima parada dos movimentos respiratórios e dos batimentos cardíacos (2005).
 De acordo com Abreu, as emoções primárias podem ser adaptativas ou desadaptativas.  Emoções Primárias Adaptativas são: raiva, tristeza e medo. Tais emoções possuem uma relação com a sobrevivência e ao bem-estar psicológico. São aquelas rápidas quando aparecem e mais velozes ainda quando partem. As Emoções Primárias Desadaptativas, são as emoções das quais as pessoas lamentam tê-las expressado de maneira tão intensa ou equivocada e freqüentemente se arrependem (2005).

2.2 Emoções Secundárias (ciúme, inveja, vergonha)

São estados afetivos de estrutura e conteúdos mais complexos que as primárias. Na realidade as Emoções Secundárias, embora levem o nome de "emoções", já se constituem em Sentimentos Sensoriais.
Abreu afirma que:
As emoções secundárias são aquelas que, ao atingirem a amídala e produzirem uma emoção, sofrem a influência e o possível domínio do córtex cerebral, mudando sua natureza primária. Neste sentido, estas emoções tornam-se respostas ou evitações (intelectualizadas) às emoções primárias (2005).
Diz ainda Abreu:
As emoções secundárias tornam-se então uma categoria de emoções usadas pelo indivíduo para se proteger das primárias que muitas vezes são vergonhosas, ameaçadoras, embaraçosas ou dolorosas por natureza. Por exemplo: uma pessoa pode estar se sentindo deprimida, mas sua depressão pode estar encobrindo um sentimento primário de raiva. Aparecem freqüentemente quando ocorrem as tentativas (fracassadas) de controle ou julgamento das emoções primárias – ou seja, quando se procura evitar ou negar aquilo que se está sentido, acaba-se por sentir-se mais mal ainda. É assim que se tornam desadaptativas, pois levam o indivíduo a se autodesorganizar (2005).

3 Funções das Emoções

Para Damásio a emoção tem duas funções biológicas: A primeira produz  uma reação específica para a situação indutora e a segunda função é de Homeostase, regulando o estado interno do organismo, visando essa reação específica. Ou seja, as emoções são a forma que a natureza encontrou para proporcionar aos organismos comportamentos rápidos e eficazes orientados para a sua sobrevivência.
De acordo com Newen, as emoções cumprem funções de grande importância. Podemos citar quatro delas: Prepara-nos e motiva-nos para ações;  possibilita avaliarmos os estímulos do ambiente de maneira extremamente rápida, ajuda  no controle das relações sociais; são formas de expressão típicas que indicam aos outros as próprias intenções (quando alguém sorri para nós, automaticamente supomos que tem uma postura amigável) (2009).
Segundo Ballone, essas emoções são capazes de mobilizar o Sistema Nervoso Autônomo, órgãos e sistemas. Conclui-se que, as emoções influenciam a saúde não apenas em decorrência da psico-neuro-fisiologia, mas também através de suas propriedades motivacionais, através de condutas saudáveis, tais como os exercícios físicos, a dieta equilibrada, etc (2007).

4 A Neurobiologia das Emoções

As emoções são respostas neurológicas e fisiológicas a estímulos (externos e internos), coordenados pelo próprio pensamento que envolve as estruturas do sistema límbico. Os estudos na área neurológica vêm crescendo e as pesquisas têm confirmado a relação somática com o centro das emoções.
Segundo Vaitsman
A investigação do cérebro humano está ajudando a redefinir a origem das emoções e a contestar duas idéias estabelecidas. Uma dessas idéias diz que a personalidade é inteiramente formada no transcurso das experiências de vida. A outra garante que a origem de todas as nossas emoções está no inconsciente, ou seja, num conjunto de processos psíquicos que atuam sobre o comportamento, sem o controle da consciência (1998).
De acordo com Vaitsman, os alicerces da vida emocional começam no cérebro e se estendem ao sistema imunológico. Pesquisas feitas pelos neurocientistas Antonio Damásio e Joseph LeDoux, indicam que a maioria das emoções - como a raiva e o medo - têm origem bioquímica. As pesquisas de LeDoux sobre o funcionamento cerebral explicam, por exemplo, que alguém seja capaz de detectar o perigo antes mesmo que uma situação de ameaça aconteça. Isso significa que a reação bioquímica é anterior a emoção (1998).
O ser humano possui em seu cérebro uma estrutura chamada de sistema límbico, responsável pelas emoções e sentimentos. O sistema límbico, quando recebe um estimulo, sensitivo (Audição, paladar, visão, olfato), envia essas “informações” para o tálamo e  hipotálamo que elabora respostas aos estímulos através do sistema endócrino e do sistema nervoso autônomo. Automaticamente produzem repostas, ativando esses sistemas, e então temos um estado, que são as emoções e sentimentos manifestos. Sistema Límbico é o nome dado às estruturas cerebrais que coordenam o comportamento emocional e os impulsos motivacionais e é formado por diversas estruturas localizadas na base do cérebro.
De acordo com Ballone, os sentimentos e emoções, como amor, alegria, ódio, pavor, ira, paixão e tristeza tem origem no Sistema Límbico. Chama-se circuito de Papez a porção do Sistema Límbico relacionada às emoções e seus estereótipos comportamentais. Na década de 30, o neurofisiologista Papez propôs que componentes do Sistema Límbico mantinham numerosas e complexas conexões entre si. Este Sistema é responsável também pelo aspectos da identidade pessoal e por funções ligadas à memória (2005).

5 Teorias das Emoções

A emoção tem sido objeto de várias teorias formuladas desde a antiguidade, cada teoria é defendida por grupos de cientistas, que possuem grandes variações entre elas. De qualquer forma, conhecer algumas destas teorias é importante para nos ajudar a ter uma idéia geral das emoções. As emoções constituem um aspecto muito complexo do ser humano e são objetos de várias interpretações que se organizam em várias perspectivas.
Algumas formulações tiveram início do século passado, e é interessante observarmos que a maioria delas tinha um caráter fisiológico, e também de forma evidente, nenhuma delas foi capaz de abordar todos os aspectos das emoções.

5.1 Perspectiva Evolutiva Sobre as Emoções

A primeira teoria sobre as emoções surge no Século XIX, em 1872, onde Darwin dedicou-se ao estudo das emoções, tanto no Homem como nos animais, chegando à conclusão de que as emoções ou a sua expressão, era algo inato a ambos. A fim de reforçar a idéia que já tinha de uma origem comum, levantou a questão da utilidade da expressão das emoções para a sobrevivência dos indivíduos. Darwin identificou seis emoções inatas ou universais - alegria, tristeza, surpresa, cólera, desgosto e medo, que serviriam como uma ferramenta para ajudar o indivíduo e a sua comunidade a sobreviverem (através da observação dos sinais emitidos pela expressão das emoções).
Segundo Rudge:
Darwin considera que as expressões de emoções são um universal humano, assim como assinala certas similaridades entre a expressão emocional no homem e em outros mamíferos. Assim, visa indicar que o comportamento expressivo humano é, do mesmo modo que sua anatomia e fisiologia, fruto da evolução (2005).
Rudge diz ainda que:
Segundo Darwin, a expressão de emoções são movimentos e ações expressivos típicos, que se fixaram na espécie ao longo da evolução.  Esses movimentos que foram repetidos inúmeras vezes, por serem úteis para obter gratificação ou alívio, tornaram–se tão habituais que se repetem quando a mesma sensação é sentida, mesmo quando sua utilidade não mais existe. Os movimentos pelos quais as emoções se expressam são involuntários, e os mais importantes deles são inatos e herdados. Entretanto, em momentos anteriores da evolução da espécie, eles foram executados muitas vezes voluntariamente e com um objetivo apropriado (2005).

5.2 Perspectiva Fisiológica das Emoções

No final do século XIX surgiu a primeira teoria das emoções, desenvolvida pelo psicólogo americano William James e pelo dinamarquês Carl Lange. Trabalhando de forma independente, os dois pesquisadores postularam que a característica central das emoções, ou seja, de nossa experiência subjetiva particular, está relacionada aos processos fisiológicos (NEWEN, 2009, p.38).
Segundo Newen, na teoria James-Lange, as emoções são o resultado de estados fisiológicos desencadeados por estímulos ou situações ambientais. Eles postulam que não choramos porque estamos tristes, mas ficamos tristes porque choramos. Uma pessoa sente medo porque o seu corpo respondeu com determinadas reações fisiológicas a uma situação. A percepção do estado de nosso próprio corpo: são simplesmente aquilo que experimentamos quando esse estado se altera devido a acontecimentos do meio ambiente (2009).
Resumindo, perante uma situação de emergência, primeiro o homem reage e foge e é por fugir que sente medo. De acordo com William James, o que diferencia as emoções é que cada uma delas esta relacionada a percepção de transformações corporais. Esta teoria é conhecida como teoria de James-Lange, porque essa mesma teoria era defendida por Carl Lange.
James declarava que quando um indivíduo é afetado por um estimulo, sofre alterações fisiológicas perturbadoras, como falta de ar, palpitações, angústia e etc. O reconhecimento desses sintomas é que vai gerar emoção no indivíduo.
A teoria de James-Lange recebeu críticas do fisiologista Walter Cannon, que em 1927 propôs uma teoria alternativa, baseando-se nas investigações de Philip Bard. De acordo a teoria de Cannon-Bard, as emoções têm origem no cérebro, ocorrem ao mesmo tempo que as reações fisiológicas, mas não são causadas por estas. Segundo essa Teoria, os estímulos emocionais têm dois efeitos excitatórios independentes: Provocam o sentimento da emoção no cérebro bem como a expressão da emoção no sistema nervoso autônomo e somático. Tanto a emoção como a reação a um estímulo seriam simultâneos. Assim, numa situação de perigo, o indivíduo perante um estímulo ameaçador sente primeiro medo e depois tem a reação física, foge.
Segundo Ballone:
Os neurofisiologistas Walter Cannon e Philip Bard formularam teorias sobre a importância das estruturas subcorticais na mediação entre as emoções e o resto do organismo. Pesquisando em gatos, eles observaram respostas emocionais integradas mesmo quando o córtex cerebral desses animais era removido, entretanto, não ocorriam respostas quando o Hipotálamo, que é uma estrutura subcortical, era removido (2005).

5.2.1 Comparação das teorias sobre as emoções de Cannon-Bard e James-Lange.

Na teoria Cannon-Bard, o estímulo ameaçador produz em primeiro lugar um sentimento de medo, causando posteriormente no indivíduo, uma reação física (tremores, sudorese, dilatação da pupila e etc). De acordo com a teoria de James-Lange, o homem percebe um estímulo ameaçador e reage com manifestações físicas. O resultado dessa reação física desprazerosa, é o sentimento de medo.

5.3 Perspectiva Cognitivista das Emoções

As teorias cognitivistas afirmam que os processos cognitivos, como as percepções, recordações e aprendizagens, são fundamentais para se perceberem as emoções. Uma situação provoca uma reação fisiológica e procuramos  identificar a razão (compreender) dessa excitação fisiológica de modo a nomear a emoção que lhe corresponde.
Myers, diz que:
A maioria dos psicólogos acredita hoje que a nossa cognição constituem um ingrediente essencial da emoção. Um desses teóricos é Stanley Schachter, que propôs uma teoria dos dois fatores, em que as emoções possuem dois ingredientes: excitação física e um rótulo cognitivo. Schachter presumiu que nossa experiência da emoção cresce a partir de nossa consciência da excitação do corpo. Como Cannon e Bard, Schachter também achava que as emoções são fisiologicamente similares. Assim, em sua opinião, uma experiência emocional exige uma interpretação consciente da excitação (1999, 292).
Essa teoria é denominada de Teoria Bifatorial de Schachter-Singer, que resumindo diz que as emoções produzem estados internos de excitação e nós procuramos no mundo exterior uma explicação para isso.

5.4 Perspectiva Culturalista das Emoções

Segundo Pereira, a perspectiva Culturalista diz que as emoções são comportamentos apreendidos no processo de socialização. Cada cultura tem diferentes formas de exprimir as diferentes emoções. As emoções são uma construção social que exige aprendizagem e que, por isso, dependem da cultura em que o indivíduo está inserido. O tipo de emoções que se manifesta em cada situação, a forma como são demonstradas, e o conjunto de regras de cada cultura especifica é própria em cada cultura e para cada uma delas, há uma linguagem da emoção específica que é reconhecida por todos aqueles que nela estão inseridos.
Segundo Casanova et alli, para os partidários da abordagem culturalista, a emoção é um papel social que aprendemos num certo tipo de sociedade, o que supõe que outras pessoas criadas em outros lugares sentirão e expressarão emoções diferentes (2009).

Conclusão

O estudo das emoções é muito importante com relação a nossa sobrevivência enquanto seres Humanos. Se não mantivermos nossas emoções bem estruturadas, nossas chances de sobrevivência ficam bem reduzidas. Somos seres com uma biologia elaborada e de emoções bem refinadas como altruísmo, solidariedade, compaixão. Mas é imprescindível que essas atividades emocionais sejam harmonizadas e equilibradas com o uso da racionalidade e do pensamento analítico e investigativo. Cultivando a tolerância e respeitando as diferenças individuais, a fim de termos um convívio pacífico, teremos todas as chances possíveis para sobreviver em épocas tão difíceis quanto as que nos aguardam no futuro


Fonte: http://artigos.psicologado.com/psicologia-geral/introducao/as-emocoes#ixzz2Ai1WPpHE 
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