quinta-feira, 11 de junho de 2015

Liberte-se, não acorrente a sua vida ao medo!

Miguel Lucas geral@escolapsicologia.com por  mail196.atl101.mcdlv.net 

09:15 (Há 3 horas)
para mim
Liberte-se, não acorrente a sua vida ao medo!
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Libertar-se do medo paralisante

No mundo moderno o medo tem muitas “rostos”, e a qualquer momento deparamo-nos com os muitos rostos familiares que o medo adquiriu. Medo de não conseguir passar no exame, medo de falar com o chefe, medo de falar em público, medo de perder o relacionamento, medo de não ter dinheiro para pagar as despesas, medo do fracasso.

Com tantos medos a serem disparados em nós, a tendência é que o medo, de uma forma geral, se apodere da nossa vida. Quando este processo se faz sentir, desenvolve-se medo de vir a ter medo. O que em muitos de nós se faz sentir na forma de ataques de pânico.

Somos mais que o nosso medo
Saber separar-se do seu medo, não deixar que ele tome conta da sua vida é fundamental para não deixar que a ansiedade tome proporções desmedidas. Não permita que a sua ansiedade se vire contra você, até que chegue ao ponto de temê-la. No poema que se segue passo a mensagem da importância de você tomar consciência que não é os seus sintomas incómodos de medo que sente no seu corpo, como também não é os pensamentos daí advindos.

Essencialmente, todas as emoções são parte do ser humano e, portanto, devemos esforçar-nos por tolerá-las e aceitá-las. A Terapia de Aceitação e Compromisso, a qual eu aplico em consulta, começa a ser popular na psicoterapia.

A saúde emocional é impulsionada pela aceitação da condição humana, honrando todos os nossos sentimentos. Dito isto, infelizmente, eu observo que muitos problemas pessoais e problemas psicológicos que as pessoas têm, nascem da não aceitação das suas emoções e repugna dos seus pensamentos negativos ou pensamentos intrusivos.

POEMA

O medo,
Sinto-o, experimento-o no meu corpo,
Chega abruptamente, invade-me a iniciativa, corta-me a confiança, aniquila-me a esperança,
Prende-me os passos, escurece-me os pensamentos,
Náuseas, nó na garganta, coração a sair pela boca,
O medo toma conta de mim,
Rouba-me os sonhos, enfraquece-me, acinzenta-me as habilidades,
Medo, sempre ele que me impede o sorriso, que me tolda a liberdade,
Medo de fracassar, medo de não falar a coisa certa,
Aquele medo que se transforma em vergonha, que verga a minha opinião, que me inibe de expressar as vontades,
Medo de perder o emprego, medo de deixar de amar, medo do que está para vir,
O medo enraizou-se, domina-me, pensa por mim, age em meu nome,
O medo nunca me defende,
Sim, devia defender-me, porque não o faz?
O medo paralisante, ostracizador, repugnante,
O medo sanguessuga,
O medo que perdeu a sua funcionalidade,
O medo que não me serve mais,
O medo que eu repugno,
O medo do qual eu me liberto,
Agitação, sudação, tensão, dor de barriga, pernas trémulas, não me amedrontam mais,
O medo e os seus sintomas, os seus pensamentos, não são mais o meu medo,
Renuncio ao meu medo,
Eu não sou o meu medo, não quero ser e não mais serei,
Liberto-me, abraço a possibilidade de caminhar tranquilo, confiante e otimista,
O otimismo pinta o meu dia, clarifica-me o pensamento, enaltece-me a vontade, injeta-me energia,
O otimismo promove-me a eficácia, liberta-me a criatividade,
Otimisticamente enfraqueci o medo,
Fortaleci-me, guiei-me, encaminhei-me para o espaço onde existe a possibilidade de aplicar o meu otimismo, sem medo.
 
-  Miguel Lucas

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