quinta-feira, 11 de julho de 2013

ERROS HUMANOS FAZEM PARTE DA APRENDIZAGEMW PARTE 3

Os olhos podem nos trair.


Há alguns meses um colega rindo muito do episódio contava um erro que lhe deixou muito envergonhado. Muito apressado para ir ao banheiro no shopping, olhou rapidamente a sinalização indicativa e não é que os olhos lhe traíram e quando se deu por conta estava dentro do banheiro feminino. O barraco estava montado e diante de todo aquele alvoroço tirou como lição que deve ser mais atencioso com o que os seus olhos estão enxergando.
Para que os olhos não se acostumem com a informação e a comunicação permaneça diferenciada, em geral as lojas de rua e principalmente as do shopping, onde a concorrência é mais acirrada, os lojistas fazem em média a troca de suas vitrines a cada duas ou três semanas. Há lojistas que trocam todos os dias e outros ainda a cada turno.  Dê outro lado, para que não haja erro, a comunicação, por exemplo, da identidade visual de marcas e toda uma série de instrumentos como papelaria, frota, mobiliário, rótulos, protocolos e documentações, enfim, age cognitivamente no cérebro do receptor, seja cliente interno e externo, de forma a sistematizar e normatizar formas e signos padrões e de rápida memorização.  A idéia é que a partir de uma reprodutibilidade muito grande destas informações e a inflexibilidade de sua exposição o cérebro dos receptores haja no piloto automático, reconhecendo sem pensar aos estímulos da própria comunicação.
No caso dos lojistas, eles querem fugir a “Chamada Cegueira de Mudança”, quer dizer, se o cérebro não é estimulado a novas percepções visuais sobre determinado assunto ele armazena os padrões já reconhecidos para que possa desenvolver outros, neste caso, pode ser a vitrine do concorrente.
Já em relação à Identidade Visual para a comunicação Empresarial estamos lidando com Associação Automática, que em geral é muito eficaz, mas que pode cair também num senso comum. A linguagem pode estar tão automatizada que não gere mais nenhuma impressão física e muito menos psíquica, no colaborador por exemplo. Aí neste sentido você e nós temos um milhão de histórias para contar como protocolos trocados, placas de sinalização de segurança que passam despercebidas, até aquele mural que está sempre no mesmo lugar ou sempre com as mesmas informações que ninguém mais olha. Até um motorista que em uma de nossas palestras contou-nos que entrou em um caminhão errado, pois não se deu conta que a identidade visual dele era diferente da do seu.
Ainda não podemos deixar de sublinhar pesquisa realizada pelo Ph.D em psiquiatria e neurociência Gregory Berns, da Universidade de Emory, nos Estados Unidos que os padrões guardados em nossa mente podem também mudar o conteúdo do que vemos.  Uma pessoa pode estar mais bonita se estamos mais bonitos por dentro, como o inverso também é verdadeiro. Se nos sentimos mal será bem mais complicado ter um olhar alegre para tudo que nos cerca. Quer dizer, mais um motivo para percebermos que nem a zona de conforto ou a de movimento é ruim, muito menos que uma ou outra nos incline mais para o erro ou acerto.  Há necessidade que tenhamos matrizes e zonas de flexibilização para que nossos cérebros possam continuar se desenvolvendo e abrindo espaço para novas informações. Agora, tanto empresas, como GENTES, periodicamente devem fazer um reconhecimento de tudo aquilo que circula visualmente em suas vidas, “apenas 35% de nossas experiências de comunicação diária são verbais, o restante, 65%, pertence à comunicação não-verbal (HAIG & HARPER: 1997)”. Para que os olhos não nos traiam é preciso muito mais que óculos novos para retirar suas vendas. É preciso que diariamente sejam compostos e estimulados de audição, tato, olfato e paladar. Enfim, necessitamos de todos os sentidos.
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