sexta-feira, 26 de julho de 2013

EMPREENDEDORISMO E EDECUAÇÃO EMPREENDEDORA

< » Empreendedorismo » Educação Empreendedora 2 inShare “Criamos nossos filhos para serem engenheiros, odontólogos, psicólogos, advogados, administradores, etc. Mas dificilmente os preparamos para os desafios, as dificuldades, os imprevistos, e para as inúmeras voltas que a vida pode dar.” A frase não é minha, é de uma escritora e psicóloga inglesa chamada Phillipa Davies, e eu a usei apenas para introduzir o assunto do texto de hoje: Empreendedorismo. O termo “empreendedorismo” está muito em alta atualmente. Ainda assim percebo que muitas pessoas tem uma percepção restrita de seu significado. Muita gente associa empreendedorismo ao fato de abrir um negócio próprio, ser empresário, quando isso na verdade é apenas uma das consequências do empreendedorismo. Empreendedorismo é uma postura de vida, uma maneira de encarar a realidade e principalmente de agir sobre ela. E exige comportamentos como resiliência, planejamento, disciplina, adaptação, flexibilidade e muita, muita criatividade. A grande dificuldade que vemos hoje em alguns jovens quando tentam se estabelecer no mercado de trabalho é justamente a falta destas características. O rapaz foi um excelente aluno, se formou em Direito com notas altas, mas não consegue decolar, não arranja clientes, não cria um “nome” no mercado. Às vezes a coisa não está só ligada ao trabalho, e a pessoa se torna um adulto excessivamente pacato ou sem iniciativa mesmo em casa. As razões para este tipo de situação são diversas, mas podemos dizer que nosso processo educacional, historicamente, contribui para isto. A pedagogia tem sim avançado muito, mas em geral o que ainda impera é a educação passiva, aquela em que mais “absorvemos informações” do que “aprendemos a agir sobre o mundo” com estas informações. Você teve que decorar os afluentes do rio Amazonas? Eu sim. Se um dia eu resolver me afogar o que não vai faltar é opção. De qualquer forma, os próprios pais podem ter um papel fundamental em incentivar, ou pelo menos em não atrapalhar o comportamento empreendedor dos filhos. Claro que alguns são naturalmente mais inclinados à postura empreendedora do que outros, mas ela pode ser estimulada em qualquer ser humano. Sabe aquela criança que, quando você chama o encanador ou o eletricista, fica ali ao lado, curiosa, perguntando o que é e pra que serve tal coisa? Curiosidade empreendedora. E aquelas que fazem perguntas e questionamentos – às vezes desconcertantes – sobre coisas que para nós são óbvias! Senso crítico empreendedor. A criança com pendor para a postura empreendedora tenderá a ser mais questionadora, curiosa, ousada, investigadora e menos inclinada a aceitar de maneira passiva o que lhe impõem. Ela tenderá a pensar por si própria e a organizar suas rotinas com mais autonomia. Como colaborar para isto? Algumas dicas: Se a criança é curiosa e quer saber mais sobre algum assunto ou atividade, procure dar abertura e explicar dentro de uma simplicidade que ela compreenda; Toda criança precisa de limites. Mas tem uma coisa que eu chamo de “limite burro”. Uma coisa é não poder encostar nos bibelôs e enfeites da vovó porque eles podem se quebrar, ou porque a vovó é ciumenta com eles (causas lógicas), outra coisa é não poder encostar simplesmente porque você disse não. Dentro do possível, e com orientação, estimule a criança a organizar seu próprio dia, definir como e quando fará seus deveres de casa por exemplo, e a recompense eventualmente por seus acertos, porque o mundo fará exatamente isso; Atribua tarefas domésticas que criem algum senso de responsabilidade e exijam constância. Pode ser aguar uma planta, encher os litros de água, passear com o cachorro, arrumar as almofadas na sala; Quando a criança questionar algo “óbvio” – Mamãe por que você pode fazer tal coisa e eu não? – Procure uma maneira de dar uma explicação, mesmo que você tenha que simplifica-la. Não se irrite com isso, é sinal de inteligência e perspicácia. Pense comigo. Até pouco tempo atrás o mundo era muita mais linear, as trajetórias muito mais previsíveis, os caminhos mais definidos e a concorrência por um “espaço ao sol” muito menor. (Sou psicólogo, você sabe quantos se formam a cada semestre no Brasil? Eu não quero nem pensar…) Uma pessoa empreendedora poderá ser não só um empresário, mas um empregado mais produtivo, um estudante mais organizado, um esportista mais dedicado, e principalmente, um ser humano muito mais autônomo e seguro de si. Até mais! Bruno Soalheiro Sobre Bruno Soalheiro Bruno soalheiro é psicólogo e sócio-diretor da Fator de Sucesso. Atua como palestrante, trainer e consultor em desenvolvimento pessoal e profissional. É autor de vários artigos sobre gestão e carreira e há mais de 9 anos se dedica à área de RH, tendo atuado como consultor empresarial e Coordenador – Business Partner em empresas multinacionais da área de projetos de energia, óleo gás e mineração. Mail | LinkedIn | More Posts (86) Criatividade, disciplina, Palestrante, planejamento

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