segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Prejuízos que a raiva traz para o trabalho


ARTIGO DA SEMANA

Prejuízos que a raiva traz para o trabalho

Muitas vezes, a raiva nos faz agir de forma impensada, nos levando a desfechos negativos. Num momento de raiva, pessoas podem falar o que não devem, tomar decisões precipitadas (pedir demissão por exemplo), e se tornar agressivas, gerando prejuízos a si próprias, para os envolvidos e para a própria empresa.
Há pouco tempo, tivemos um grande exemplo do tamanho do prejuízo que uma pessoa raivosa pode causar à imagem e à saúde financeira da empresa em que trabalha. Uma atendente, irritada com a cliente, troca o nome da cliente no cadastro, substituindo por “vadia”. O caso teve repercussão nacional e pode custar uma indenização milionária à empresa.
No âmbito pessoal, a raiva pode trazer prejuízo à autoimagem, aos relacionamentos, aos processos de tomada de decisão, além de problemas financeiros, físicos (fraturas, hematomas etc.), e de saúde, como pressão alta, problemas cardíacos, entre outros.
A raiva, uma das emoções mais difíceis de controlar, traz uma sensação ilusória de poder e invulnerabilidade. Todas as emoções geram energia que nos põe em movimento e pode trazer resultados tanto positivos como negativos. A inteligência emocional coloca que, quando mal canalizada, a raiva potencializa a violência e gera destruição. Ao passo que a mesma energia, quando bem canalizada, potencializa a força e gera grandes realizações.
Para controlá-la é preciso conhecer seu mecanismo, pois a raiva possui um disparador universal, que é a sensação de perigo, que pode advir de um ataque físico (empurrão, tapa, cotovelada etc.), ou de uma ameaça simbólica à autoestima ou dignidade. Ao sentir o ataque, o cérebro libera uma substância que dá um rápido surto de energia, podendo durar dias, mantendo-o em prontidão, e um efeito cumulativo caso a pessoa sofra algum outro episódio de raiva.
Sendo assim, raiva alimenta raiva, até que a pessoa “explode” por algo nem tão importante, mas é a “gota d `água”. Um nível muito alto de raiva gera a situação em que a pessoa não consegue raciocinar.
Dar vazão à raiva não é a melhor forma de lidar com ela, e sim interceder racionalmente antes que ela se acumule. Então, aqui vão algumas dicas para que você elimine a raiva antes que ela acabe com você!
  1. Perceba a raiva - o mais importante é perceber que está ficando com raiva. Preste atenção se o “gatilho” foi acionado e vá para o segundo passo.
  2. Afaste-se do causador da raiva – se a discussão foi com um colega de trabalho, chefia ou subalterno, saia do ambiente por alguns momentos.
  3. Procure distrair a atenção. Remoer a raiva só a faz aumentar ainda mais, porque vamos encontrando mais justificativas para manter a raiva viva. Por isso, uma boa artimanha é distrair a atenção, pensando em outra coisa. Você pode caminhar, fazer algum exercício físico, ou relaxamento mental, exercício de respiração, também vale ler um livro, entre outros. Tente fazer coisas que prendam sua atenção para outro foco.
  4. Procure enxergar as situações por outro ângulo: por exemplo, se estiver no trânsito pense “nem toda fechada é proposital”. No trabalho pense “nem toda crítica tem o objetivo de ferir o seu ego”. No casamento pense “ele(a) fez algo negativo, mas ele(a) também já me fez coisas positivas”. Ou então, pense no prejuízo que a raiva lhe trará caso você dê vazão a ela. O freio da raiva deve ser racional.
Esse quarto passo é fundamental para o controle da raiva e para a canalização desta energia para algo positivo, trazendo para você mesmo grandes realizações e uma qualidade de vida muito melhor!
Meiry Kamia é palestrante, psicóloga, mestre em Administração de Empresas, consultora organizacional. Diretora da Meiry Kamia  – Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas (www.meirykamia.com).

PARA PENSAR

“Todas as falhas humanas provêm da impaciência.”
Franz Kafka

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