quarta-feira, 3 de outubro de 2012

COMO APLICAR ESTAS IDEIAS NA PRÁTICA?

COMO APLICAR ESTAS IDEIAS NA PRÁTICA?

1. Tome algum do seu tempo para olhar para aquilo em que tem sido bem sucedido na sua vida, faça isso agora mesmo. Use um filtro positivo, procure as coisas em que se sentiu bem ou que o fazem sentir-se bem, que lhe aumenta a autoestima, que promovem a sua confiança, que o engrandecem, que o energizam, memorize isso, refresque esses acontecimentos. Dê a si mesmo algum crédito. Relembre o que está funcionando na sua vida, sem colocar um “mas” no final de cada frase. Agora focalize a sua atenção no sentimentos que emergem das memórias desses acontecimentos, certamente são sentimentos agradáveis que o transportam momentaneamente para um “bom” passado. Sim, você também já viveu coisa boas. Sim, você já foi bem sucedido em muitas coisas.
As áreas, os assuntos, as situações, os interesses, onde você foi bem sucedido indicam-lhe os seus valores, aquilo a que dá significado e igualmente aquilo que sente sempre que se orgulha de si mesmo. Não posso deixar de dizer-lhe que existem sentimentos positivos que têm essencialmente duas fontes distintas. Uma fonte natural, ou seja, aquilo a que podemos chamar de felicidade hedónica, o bem-estar atingido sem esforço da nossa parte, como por exemplo o prazer retirado de uma brisa ou do calor do sol. A outra fonte, que origina igualmente sentimentos positivos e prazerosos, são aqueles que dependem do nosso envolvimento, do nosso esforço, das nossas habilidades, da nossa força de vontade e motivação. É neste tipo de sentimentos positivos que decorrem das nossas ações, que nos engrandecemos, que nos autoapreciamos e nos valorizamos. E, essas ações e esses sentimentos estarão certamente alinhados com os nossos valores. Neste estado não existem conflitos internos.
A reter: São os valores, o conhecimento da origem dos nossos sentimentos e igualmente a capacidade de autoregulação que permite dar suporte à sobriedade emocional. Conhecermos e reconhecermos aquilo que é mais significativo para nós e as emoções associadas, assim como conseguir estabelecer um grau de prioridade nas situações, assuntos ou tarefas que temos em mãos, é certamente um inibidor de conflitos internos.
2. Resignifique os sentimentos acerca de si mesmo. Se a sua configuração padrão é: “Eu não sou bom o suficiente“, ou você tende a racionalizar o que está sentindo, eu encorajo-o a tentar descompactar essas experiências. É importante propor-se a contestar esses pensamentos. Por exemplo, se você não conseguir o emprego que pretende ou alguém não quer voltar a ser seu amigo, você pode criar a ideia de que não é bom o suficiente, ou que você não se importava de não ter aquele amigo. Essas ideias podem oferecer uma falsa sensação de proteção contra os sentimentos desagradáveis, ou imunidade falsa de não ser dececionado com o futuro. Na tentativa de não ter de lidar com os sentimentos negativos e que causam mal-estar, levando-o a dizer coisas como: “Isto nunca funcionará, então eu nem vou tentar.” O problema surge no exato momento que renuncia a prestar atenção ao grau de incómodo que algumas das coisas provocam em si. Por baixo de toda a capa protetora e fugas  ao mal-estar, o mais provavel é que desenvolva uma série de sentimentos, como mágoa, deceção, vergonha, ressentimento e vergonha, entre outros.
A maioria de nós não quer sentir qualquer uma dessas coisas. Mas só porque as ignoramos, não significa que elas não existem. Não podemos camuflar as sensações desagradáveis, sentimentos negativos e consequentes pensamentos negativos, tagarelando, “La La La” até que tudo isso vá embora. Esta estratégia de evitamento aos sentimentos é contraproducente. A nossa melhor chance de alívio e resolução é enfrentando o que está por baixo da nossa postura defensiva. Isto pode parecer uma estratégia muito assustadora, no entanto, posso afirmar que a maior parte do tempo, aquilo que se evita é muito mais doloroso quando estamos ocupados fugindo disso mesmo.
A próxima citação reflete a ideia anterior:
“Talvez todos os dragões nas nossas vidas são princesas que estão apenas à espera de nos ver agir, apenas uma vez, com beleza e coragem. Talvez tudo aquilo que nos assusta é, na sua essência mais profunda, algo desamparado que quer o nosso amor.” – Rainer Maria Rilke
Ao criarmos e cairmos na “ilusão de controle”, ao enfrentarmos o nosso desapontamento com a espada da autoaversão, da autodepreciação, não nos dá mais controle, pelo contrário, rouba-nos  os nossos dons, obscurece os nossos melhores recursos que poderiam realmente fazer-nos ultrapassar o problema. Para piorar ainda mais a situação, a mensagem recebida é a de que não se tem permissão para ser humano. Isso mantém-nos com medo dos Príncipes e Princesas interiores .
E se nós déssemos amor, carinho, atenção e compaixão aos sentimentos de terror? O que poderia honrá-los, ao invés de ofuscá-los? Quando conseguimos parar de culpar-nos por cada passo em falso ou problema nas nossas vidas, quando abandonamos a mentalidade de vítima e conseguimos libertar-nos da carga emocional negativa, tornamo-nos menos impulsionados pelos nossos medos e somos mais capazes de funcionar melhor e florescer.
Abraço


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